março 2nd, 2011 |
Autor: ALISONCENTENO
Iniciamos o terceiro mês do primeiro mandato da primeira mulher Presidente do Brasil, Dilma Rousseff fechou seu primeiro bimestre rodeada de temas polêmicos; votação do novo salário mínimo e cortes no orçamento, tudo feito longe das câmeras, o estilo Dilma de ser, mostra que não elegemos uma política, mas sim uma administradora.
O salário mínimo fixado no último trimestre de 2010 era previsto para apenas ser reajustado no fim do corrente ano, mas o mais que notável desejo de perceber com quem se pode contar ou não, fez com que a Presidenta Dilma jogasse nas mãos dos parlamentares da base aliada uma verdadeira bomba. Aqueles que se fizeram pela ala socialista vigente no país, tiveram que dar na tribuna uma verdadeira aula de capitalismo. O principal fato foi sem dúvidas o uso de uma política de valorização e não de aumento numérico do salário mínimo. O corte já então anunciado e uma leve variação na taxa Selic, manterão a inflação sob controle e tudo aponta para que o salário mínimo se valorize e não tenha apenas um número maior, como queria a oposição. Câmara e Senado mostraram lealdade ao Governo Rousseff.
Dilma não necessitava lançar semelhante desafio em seu princípio de governo, tal política de valorização, por mais que seja sua principal arma para a maior promessa de campanha feita, a de erradicação da miséria, comprou briga antes mesmo do necessário, acumulando inimigos que farão de tudo para a derrubar, não importa o que custe.
O famoso corte orçamentário foi tratado pelos oposicionistas como uso de um “tesourão” no investimento; engano da minoria absoluta eleita pelo país. Para sair da crise financeira que abalou o mundo no biênio 08-09, o Governo brasileiro foi o único a ter coragem de ao invés de usar a política do arrocho: reduziu impostos, aumentou investimento e fez com que o trabalhador não sentisse o extremo caos que as maiores economias do mundo ainda vivem. Enquanto grande parte da Europa e o todo poderoso Estados Unidos seguem em crise, o Brasil avançou e pôde voltar a “respirar sem aparelhos”. O corte feito não alcançou os principais investimentos necessários, reduziu despesas da máquina, auxiliará o Governo a alcançar com facilidade a meta do superávit primário e será sentido no bolso do brasileiro com uma queda na taxa de inflação, famoso “dragão” que desvalorizou o salário mínimo nos anos que antecederam o Governo Lula. Ora, após investir acima do necessário para combater a crise, a primeira medida necessária é indiscutivelmente voltar à austeridade fiscal vigente no período pré-crise.
Bem como disse no meu primeiro texto neste blog, importantes capítulos de nossa história serão escritos pelas mãos de uma mulher. Dilma Rousseff iniciou seu governo usando seu amplo conhecimento econômico e fazendo algo que nenhum homem teve coragem de fazer durante todos os anos da história de nossa República, enfrentar com garra os principais problemas da máquina, usar a meritocracia para os principais cargos e não render-se aos desejos dos aliados no Legislativo. Foi necessário uma mulher ser eleita para provar que não são elas o sexo frágil.
Aguardemos os próximos passos…
O salário mínimo fixado no último trimestre de 2010 era previsto para apenas ser reajustado no fim do corrente ano, mas o mais que notável desejo de perceber com quem se pode contar ou não, fez com que a Presidenta Dilma jogasse nas mãos dos parlamentares da base aliada uma verdadeira bomba. Aqueles que se fizeram pela ala socialista vigente no país, tiveram que dar na tribuna uma verdadeira aula de capitalismo. O principal fato foi sem dúvidas o uso de uma política de valorização e não de aumento numérico do salário mínimo. O corte já então anunciado e uma leve variação na taxa Selic, manterão a inflação sob controle e tudo aponta para que o salário mínimo se valorize e não tenha apenas um número maior, como queria a oposição. Câmara e Senado mostraram lealdade ao Governo Rousseff.
Dilma não necessitava lançar semelhante desafio em seu princípio de governo, tal política de valorização, por mais que seja sua principal arma para a maior promessa de campanha feita, a de erradicação da miséria, comprou briga antes mesmo do necessário, acumulando inimigos que farão de tudo para a derrubar, não importa o que custe.
O famoso corte orçamentário foi tratado pelos oposicionistas como uso de um “tesourão” no investimento; engano da minoria absoluta eleita pelo país. Para sair da crise financeira que abalou o mundo no biênio 08-09, o Governo brasileiro foi o único a ter coragem de ao invés de usar a política do arrocho: reduziu impostos, aumentou investimento e fez com que o trabalhador não sentisse o extremo caos que as maiores economias do mundo ainda vivem. Enquanto grande parte da Europa e o todo poderoso Estados Unidos seguem em crise, o Brasil avançou e pôde voltar a “respirar sem aparelhos”. O corte feito não alcançou os principais investimentos necessários, reduziu despesas da máquina, auxiliará o Governo a alcançar com facilidade a meta do superávit primário e será sentido no bolso do brasileiro com uma queda na taxa de inflação, famoso “dragão” que desvalorizou o salário mínimo nos anos que antecederam o Governo Lula. Ora, após investir acima do necessário para combater a crise, a primeira medida necessária é indiscutivelmente voltar à austeridade fiscal vigente no período pré-crise.
Bem como disse no meu primeiro texto neste blog, importantes capítulos de nossa história serão escritos pelas mãos de uma mulher. Dilma Rousseff iniciou seu governo usando seu amplo conhecimento econômico e fazendo algo que nenhum homem teve coragem de fazer durante todos os anos da história de nossa República, enfrentar com garra os principais problemas da máquina, usar a meritocracia para os principais cargos e não render-se aos desejos dos aliados no Legislativo. Foi necessário uma mulher ser eleita para provar que não são elas o sexo frágil.
Aguardemos os próximos passos…
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