Desde ontem os paulistanos pagam mais pela tarifa de ônibus, que passou de R$ 2,70 para R$ 3,00.
Como já foi dito aqui, quem toma dois ônibus por dia terá de gastar no mínimo R$ 30 por semana. No caso de uma pessoa que recebe salário mínimo, isso representa um quarto do ganho mensal. O preço do bilhete é alto demais para os serviços que são prestados.
A prefeitura de São Paulo cobra mais, mas não faz a sua parte. Como revelou reportagem do Agora publicada ontem, a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) avançou muito pouco em obras que foram prometidas nos últimos anos.
Dos 13 novos terminais de ônibus previstos, por exemplo, apenas 1 foi concluído e entregue à população.
O prefeito também deixou de cumprir integralmente a promessa de implantar 66 km de corredores de ônibus.
Especialistas consultados afirmam que o aumento da tarifa poderia ter sido pelo menos amenizado se a prefeitura priorizasse obras para aumentar a velocidade do sistema e diminuir os custos das empresas.
Mais uma vez, é o cidadão com menos recursos que sai prejudicado. Vai continuar viajando em ônibus lotados, que percorrem a cidade lentamente, enfrentando trânsito engarrafado ou corredores precários, que nem mesmo têm faixas para ultrapassagem.
O fato é que Kassab manipulou a correção das tarifas de acordo com seus interesses eleitorais.
Quando quis fazer demagogia, congelou. Agora, que já não poderá mais concorrer, decide aumentar o preço na caradura.
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