O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reuniu-se nesta terça-feira (11) com representantes dos 2.300 provedores do Brasil habilitados para explorar o serviço de internet banda larga. O objetivo foi mapear as dificuldades do setor para oferecer internet de alta velocidade com o menor custo possível em todo País.
Estes provedores - a maioria pequenas empresas - tem a capacidade de ofecerer o serviço no varejo, levando o sinal da Telebrás, ou de outras redes, até a casa do cidadão, mas nos últimos anos encontrou obstáculos nos custos.
Privataria tucana do setor elétrico e de telecomunicações atazana a banda larga
Uma das reclamações dos provedores é o preço cobrado pelas companhias de energia elétrica privatizadas no governo FHC para passagem de cabos de internet em seus postes: os preços variam de R$ 2,00 até R$ 9,00 por poste.
Os custos de interconexão (ligação da rede local do provedor com um tronco de uma grande empresa de telefonia, também privatizadas no governo FHC) são excessivamente altos para os provedores. A entrada da Telebras no mercado, oferecendo aos provedores o uso de sua própria rede de fibras óticas, com preços menores, deve forçar a queda de preços generalizada.
Cartel dos bancos chega a onerar em 10% o custo
O preço dos boletos bancários é outro gargalo: chegam a representar até 10% a mais no preço da mensalidade paga pelos usuários.
A falta de uma linha de crédito foi outra necessidade apontada pelos provedores. O segmento tem linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para capital de giro, que não podem ser usadas para investimentos. A ideia é criar um fundo garantidor de investimentos voltado para o setor.
O ministro pediu aos provedores planilhas de custos e reivindicações para serem discutidas na implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
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